quinta-feira, 2 de junho de 2011

Leitura

Desde o início do processo de alfabetização, a criança precisa realizar incontáveis tentativas de leitura. Ela precisa elaborar e testar suas hipóteses sobre a linguagem escrita, a fim de construir conhecimentos sobre o sistema de leitura e escrita. Isso só será possível pela interação da criança com farto material escrito.
Pensando nisso, realizei durante anos seguidos, em turmas de fase introdutória (hoje 1º ano/9), um trabalho de literatura infantil, que começava na escolha do livro que as crianças levavam para casa e prosseguia durante a localização do nome do livro e do nome delas na tabela que eu tinha afixada no mural. Essa tabela continha uma legenda. Após a localização do nome do livro, eu colocava uma régua grande naquela linha e a criança era desafiada a encontrar seu nome na vertical, passava o dedinho até chegar na régua e eu colava um símbolo (escolhido para marcar todos os empréstimos feitos naquele dia). No início dava um pouco de trabalho, mas rapidinho virava hábito. Elas amavam o momento da escolha do livro, pois tinham prazer na procura dos nomes. Não conheciam as letras e já localizavam nomes... Era uma verdadeira aventura!
Veja foto do meu painel literário (tabela):

OUTRAS ATIVIDADES DE LEITURA:

Ler as figuras mais diversas, com ou sem legendas ou títulos.
  • Adequar o texto que as crianças já sabem de cor ao texto escrito: parlenda, cantiga, poema, trava-língua.
  • Interpretar rótulos e embalagens comerciais.
  • Ler tudo o que se escreve. Todas as atividades de escrita realizadas pela criança devem ser lidas por ela em seguida. A mediação inteligente do professor deve evidenciar as inconsistências das hipóteses que a criança está utilizando em sua produção, forçando-a a novas acomodações e à construção de novas hipóteses.
  • Escrever, na presença das crianças, uma frase sobre o seu cotidiano, em tiras de papel ou no quadro. A frase pode ser criada por eles. Após escrevê-la, pedir às crianças que leiam e grifar determinadas palavras da mesma (trabalhar oralmente essas palavras, explorando primeira e última letras, sílabas, número de letras e de sílabas, etc).
  • Providenciar uma porção de pequenas fichas: contendo só letras, letras e algarismos, letras e desenhos, letras e sinais de pontuação. Pedir à criança que separe aquelas que servem para ler. Elas devem receber em torno de dez cartões por vez, para classificá-los de acordo com esse critério. Dizer: "Observem esses cartões e separem os que vocês acham que serve para ler". Ao propor a atividade para as duplas, deixar que as crianças separem as fichas do jeito delas, sem intervenção. Quando terminarem, o professor deve ouvir as duplas dizerem porque as fichas servem para ler, com o objetivo de fazê-las pensar que algo pode estar escrito ali. Quanto mais o professor enriquecer as opções de ficha, maior será o seu número e maiores serão as chances da criança interagir e pensar sobre elas.

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